Tontura, vertigem e labirintite
Neurologista em Maringá
Qual a diferença entre Tontura, Vertigem e Labirintite?
Tontura, vertigem e labirintite são termos que muitas vezes são confundidos, mas que têm diferenças importantes. A tontura é uma sensação inespecífica de desequilíbrio ou instabilidade que pode ser causada por diversos fatores, como baixa pressão arterial, desidratação, uso de medicamentos, entre outros. Já a vertigem é um "tipo de tontura", caracterizada por sensação de giro ou movimento que pode ser acompanhada de náusea, vômito e dificuldade de equilíbrio. Por fim a labirintite é uma patologia de rara ocorrência, que se caracteriza pela inflamação do labirinto, estrutura do ouvido interno responsável pelo equilíbrio, que pode causar vertigem, tontura, zumbido e até perda de audição.
VPPB - Vertigem Posicional Paroxística Benigna
A vertigem posicional paroxística benigna (VPPB) é, talvez, a doença mais erroneamente nomeada pela população leiga, como a popular "labirintite". Ela corresponde a curtos episódios de vertigem (uma sensação falsa de movimento ou giro) que ocorrem quando a cabeça é movida de forma específica, como ao virar na cama ou levantar-se rapidamente. Isso ocorre devido a pequenos cristais chamados otólitos que se soltam e se movem dentro do ouvido interno, no labirinto, estimulando erroneamente o sistema de equilíbrio. A VPPB é uma condição comum e geralmente não é grave, podendo ser tratada por meio de manobras específicas, como a Manobra de Epley, que resulta em melhora imediata dos sintomas em boa parte dos pacientes. Muitos pacientes que convivem há anos com VPPB não tratada podem ter uma sensação de tontura de forma crônica com episódios mais intensos esporádicos. Deste modo, a consulta com o neurologista é essencial para o correto diagnóstico e tratamento da VPPB e de outras queixas de vertigem, excluindo-se causas mais graves.
Neurite Vestibular
A neurite vestibular é uma condição caracterizada por inflamação do nervo vestíbulo-coclear, que é o 8° par de nervos cranianos, sendo responsável também pelo equilíbrio do corpo. Isso pode resultar em sintomas como vertigem intensa, súbita e prolongada, ou seja, não se resolve rapidamente como na VPPB. Náuseas, vômitos e dificuldade de equilíbrio também podem estar presentes. A neurite vestibular geralmente é causada por infecções virais e o atendimento rápido é importante para diferenciar o quadro de um AVC. Embora os sintomas sejam desconfortáveis e incapacitantes, eles tendem a desaparecer gradualmente ao longo de algumas semanas. O tratamento visa aliviar os sintomas e pode incluir medicamentos para controlar a tontura e a náusea, além de exercícios para reabilitação.
Migrânea Vestibular
A migrânea vestibular, também conhecida como enxaqueca vestibular, é uma condição neurológica que combina sintomas de enxaqueca com problemas de equilíbrio e vertigem associados. Ou seja, além das dores de cabeça recorrentes, intensas e pulsantes, os pacientes podem experimentar tontura, sensação de desequilíbrio, náusea e vômito, que ocorrem em pelo menos 50% dos episódios. Esses sintomas podem ser desencadeados por estímulos visuais, sonoros e olfativos, estresse, falta de sono ou determinados alimentos. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica e histórico do paciente. O tratamento geralmente envolve medicamentos para controlar as crises de enxaqueca, medidas de estilo de vida saudáveis e terapia para o equilíbrio.
Sobre o Médico
Dr. Gabriel Bortoli
Médico Neurologista | CRM-PR: 41011 | RQE 32992
Sou o Dr. Gabriel Bortoli, médico neurologista apaixonado pela minha profissão. Minha jornada acadêmica começou na Universidade Estadual de Maringá, onde me formei em Medicina.
Após concluir a graduação, busquei aprimorar meus conhecimentos e habilidades na área de Neurologia. Realizei minha Residência de Neurologia no renomado Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, local em que tive a oportunidade de aprender com os melhores profissionais da área.
Concluída a residência, recebi o convite dos professores de Neurologia da USP para ser Preceptor da residência de Neurologia, cargo que exerço atualmente, o que me permite compartilhar, de forma detalhada e precisa, minha paixão e conhecimento com os residentes em formação. Para mim, ensinar é uma oportunidade de contribuir para a formação de novos profissionais e disseminar o amor pela neurociência.
Meu interesse pela neurociência começou antes mesmo da graduação. Durante o período escolar, desenvolvi interesse por artigos e revistas de neurociência. Contudo, no terceiro ano do ensino médio, percebi que esse hobby poderia ser minha profissão. Foi quando decidi estudar medicina, o que combinou minha paixão pela área com a possibilidade de ajudar pessoas.
Com minha dedicação e amor pela profissão, sou um profissional comprometido em proporcionar um atendimento cuidadoso e preciso aos meus pacientes, aliando o que há de mais moderno e eficaz em minha área. Minha sólida formação, juntamente da paixão pela neurologia, permite que eu ofereça o melhor atendimento possível ao paciente, tomando o tempo que for necessário numa consulta para compreender suas necessidades e fornecer um tratamento de excelência.