Doença de Parkinson e distúrbios do movimento

Neurologista em Maringá


Doença de Parkinson

A doença de Parkinson é uma patologia neurológica progressiva que afeta principalmente o controle dos movimentos. Os sintomas comuns incluem tremores em repouso, rigidez, lentidão de movimentos e dificuldade de equilíbrio. Um tema pouco abordado, mas que deve ser dado total importância, são os sintomas não motores da doença, como transtorno do sono, dificuldade em sentir cheiro, constipação intestinal e dor articular, além de problemas cognitivos e alterações emocionais. A doença é causada pela degeneração das células produtoras de dopamina no cérebro, especificamente de uma porção chamada substância negra, devido ao depósito de uma proteína chamada alfa-sinucleína. Embora não haja cura, existem tratamentos disponíveis que conseguem controlar muito bem os sintomas em grande parte da evolução da doença, como medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional e outras abordagens multiprofissionais. É importante buscar assistência médica para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento individualizado.

Parkinsonismos atípicos

Os parkinsonismos atípicos são um grupo de doenças neurológicas que apresentam sintomas semelhantes aos da doença de Parkinson, como tremores, rigidez muscular e dificuldade de movimento. No entanto, essas condições têm características distintas e progridem de forma mais rápida e agressiva do que a doença de Parkinson típica. Alguns exemplos de parkinsonismos atípicos incluem a atrofia de múltiplos sistemas, a paralisia supranuclear progressiva e a degeneração corticobasal. Há, ainda, o parkinsonismo induzido por medicamentos que são amplamente utilizados, como haloperidol, metoclopramida, flunarizina, cinarizina, entre outros. O diagnóstico preciso e o tratamento adequado dessas condições são essenciais para garantir um melhor manejo dos sintomas e uma maior qualidade de vida para os pacientes.

agende uma consulta

Tremor Essencial

O tremor essencial é um distúrbio neurológico caracterizado por tremores involuntários nas mãos, braços, cabeça, voz ou outras partes do corpo. Erroneamente, pode ser confundido com o tremor da doença de Parkinson, entretanto, eles são distintos! O tremor essencial é um tremor de ação, ou seja, ocorre durante a realização de movimentos, mas desaparece em repouso. Ele pode ocorrer em vários membros de uma mesma família e pode piorar com o estresse, fadiga ou cafeína. O tratamento envolve medicamentos para controlar os tremores de acordo com o impacto que isso causa no dia-a-dia do paciente, outras ferramentas importantes são a terapia ocupacional e técnicas de relaxamento.

Distonias

Distonias são um grupo de distúrbios do movimento caracterizados por contrações musculares involuntárias e sustentadas, resultando em movimentos anormais ou posturas desajeitadas, ou repetitivas. Essas contrações podem afetar qualquer parte do corpo, como pescoço, braços, pernas ou rosto. A distonia pode ser causada por fatores genéticos ou adquiridos, como lesões cerebrais, uso de certos medicamentos ou doenças neurológicas. Os sintomas podem variar de leves a graves e podem ser acompanhados de dor e desconforto. O tratamento inclui medicamentos, aplicação de toxina botulínica, fisioterapia, terapia ocupacional e, em alguns casos, cirurgia.

Sobre o Médico

Dr. Gabriel Bortoli


Médico Neurologista | CRM-PR: 41011 | RQE 32992


Sou o Dr. Gabriel Bortoli, médico neurologista apaixonado pela minha profissão. Minha jornada acadêmica começou na Universidade Estadual de Maringá, onde me formei em Medicina.


Após concluir a graduação, busquei aprimorar meus conhecimentos e habilidades na área de Neurologia. Realizei minha Residência de Neurologia no renomado Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, local em que tive a oportunidade de aprender com os melhores profissionais da área.


Concluída a residência, recebi o convite dos professores de Neurologia da USP para ser Preceptor da residência de Neurologia, cargo que exerço atualmente, o que me permite compartilhar, de forma detalhada e precisa, minha paixão e conhecimento com os residentes em formação. Para mim, ensinar é uma oportunidade de contribuir para a formação de novos profissionais e disseminar o amor pela neurociência.


Meu interesse pela neurociência começou antes mesmo da graduação. Durante o período escolar, desenvolvi interesse por artigos e revistas de neurociência. Contudo, no terceiro ano do ensino médio, percebi que esse hobby poderia ser minha profissão. Foi quando decidi estudar medicina, o que combinou minha paixão pela área com a possibilidade de ajudar pessoas.


Com minha dedicação e amor pela profissão, sou um profissional comprometido em proporcionar um atendimento cuidadoso e preciso aos meus pacientes, aliando o que há de mais moderno e eficaz em minha área. Minha sólida formação, juntamente da paixão pela neurologia, permite que eu ofereça o melhor atendimento possível ao paciente, tomando o tempo que for necessário numa consulta para compreender suas necessidades e fornecer um tratamento de excelência.

Saiba mais

Dúvidas Frequentes

Conheça as respostas para as dúvidas mais frequentes em consultório

  • A doença de Parkinson é hereditária?

    A doença de Parkinson pode ter uma predisposição genética, mas nem todas as formas da doença são hereditárias. Estima-se que apenas uma pequena porcentagem dos casos de Parkinson seja de origem genética, geralmente relacionada a mutações específicas nos genes associados à doença. A maioria dos casos de Parkinson ocorre de forma esporádica, ou seja, não há uma causa genética identificável.

  • A doença de Parkinson afeta apenas o movimento?

    Não, a doença de Parkinson não afeta apenas o movimento. Embora seja mais conhecida pelos seus sintomas motores, como tremores, rigidez muscular e dificuldades de equilíbrio e coordenação, a doença de Parkinson também pode causar uma variedade de sintomas não motores. Esses sintomas podem incluir alterações no humor, como depressão e ansiedade, distúrbios do sono, problemas cognitivos, como dificuldade de memória e raciocínio, distúrbios do olfato, constipação, problemas urinários e até mesmo distúrbios sexuais. A doença de Parkinson é uma condição neurológica complexa que pode afetar várias áreas do corpo e apresentar uma ampla gama de sintomas, muitas vezes não tendo o diagnóstico corretamente atribuído ao Parkinson.

  • Existem efeitos colaterais dos medicamentos utilizados no tratamento do Parkinson?

    O tratamento da doença de Parkinson envolve abordagens multidisciplinares e pode variar de acordo com a progressão da doença e os sintomas individuais de cada paciente. Em linhas gerais, envolve o uso de medicamentos para controlar os sintomas, como a levodopa e os agonistas dopaminérgicos. Além disso, a fisioterapia ajuda a melhorar a mobilidade e a força muscular, enquanto a terapia ocupacional oferece estratégias para atividades diárias. A fonoaudiologia auxilia na comunicação e na deglutição. Em estágios avançados, a cirurgia de estimulação cerebral profunda pode ser considerada. O suporte psicológico também é importante. O tratamento é individualizado e deve ser acompanhado por um neurologista.

  • Os medicamentos de Parkinson perdem efeito com o tempo?

    Antigamente acreditava-se que o uso da levodopa faria a doença progredir mais rápido, mas esse conceito já caiu por terra e o controle dos sintomas deve ser sempre um objetivo importante ao tratar a doença. Com a progressão natural da doença, o paciente começa a ter uma piora dos sintomas antes da próxima dose, isso é conhecido como fenômeno de "wearing-off" ou "flutuações motoras". Essas flutuações podem incluir o retorno dos sintomas motores, como tremores, rigidez e lentidão, além de variações na resposta ao tratamento ao longo do dia. Existem diversas estratégias para lidar com essa perda de eficácia, incluindo ajustes na dosagem do medicamento, mudanças na frequência de administração, combinação de diferentes medicamentos e o uso de terapias complementares, como a terapia de estimulação cerebral profunda.

Agende uma consulta